ANJOS VERMELHOS

Naquele tempo, nos subúrbios da cidade, eles rondavam à solta, sombrios...

O que tramavam ninguém sabia

Roubar o brilho da noite ou, talvez, o calor do dia

O sol mal tinha nascido, o orvalho nem tinha secado

Quando o dia se fez noite e uma nuvem de enxofre cobriu os quatro cantos

As portas do inferno se abriram

Eles surgiram sedentos, insanos,

Ao som de horripilantes músicas dançavam em grande algazarra

Flores e objetos sangraram

Pobres humanos, nada podiam fazer contra inimigos tão poderosos

Demônios nascidos em seu próprio seio!

Clamaram pela ajuda dos anjos,

Anjos Vermelhos, da mesma constituição do inimigo

Defensores fiéis da humanidade, abandonaram o centro de seus universos

Para lutar em guerra sem precedentes.

Pobres Anjos Vermelhos!

Venceram a batalha, sucumbindo ao combate!

Cuidemos, pois, desses universos, hoje mais frios e solitários!

Rio de Janeiro, 07/04/2011

Gisa Drubi
Enviado por Gisa Drubi em 08/04/2011
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