TUDO...TUDO...

Tudo azul, tudo . Mas nem tanto, nem tanto...

Via-se somente uma nesga furtacor...

Tudo azul , tudo. Menos o meu pensamento.

Sinto-me num barco a navegar , vazio...

A deslisar por mares munca dantes navegados * (camões).

Sinto que sou culpada das turbulências

Nesta nave espacial em que me encontro. ( em canaveral )

Sinto-me no meio do rodamoinho

Não sei se voo para o espaço

Ou se me encaixo no chão ...

Pareço uma adolescente que ama o luar

Sem lar...sem amar sem projetar

Não pense que estou louca

Ou que a minha fala é uma fala boba

Estou apenas querendo ver uma nuvem

E me inspirar no desenho que ela faz

Ou ver , somente ,um lindo pé de manacá

A tristeza em mim é café capim * * ( caetano )

O que me consola é que na quietude das cavernas

No silêncio dentro das cavernas

Na solidão , na quietude da noite , minha cúmplice...

Eu escuto ao longe o apito do trem...

Mas, na gota límpida sobre um grotesco gramado ,

exulto-me : VEJO VOCÊ !!!

Campos do Jordão, que frio !!! Abril ,2011 .

Naleka.

* Inspirada em Caetano.

kalena
Enviado por kalena em 05/04/2011
Reeditado em 06/04/2011
Código do texto: T2892016
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