Lisboa Antiga

O que podemos escrever no lugar do silêncio que permeia a saudade, quando estas deveriam fluir saltitantes do pensamento que arde.Faltam palavras,sobram silêncios, entre um e outro o sentir das pedras sob os passos e flores caídas como que desprendidas de um repentino abraço. Estrada que já não tem volta, o lugar onde já não se sabe a porta de saída, a chave engolida para celebrar a vida num brinde, cujo sentir borbulha em toda existência. Madrugada a dentro muda o nome das coisas e as coisas não mudam no peito que nunca se esquece de soletrar o teu nome.