Queixas do Vento

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Esta prosa poética por mais pueril que possa parecer, não o é, senão contém em sua mensagem uma crítica à forma vil com que o homem se relaciona com a natureza e suas manifestações.

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Reunidos, os fenômenos atmosféricos

Riam a solta do pobre vento sudoeste,

Naquele instante nada além de um sopro.

O vento, amuado, reclamava lamentoso:

De você, trovão, que ribombeia e assusta

Ninguém fala tão mal dos teus estrondos

Assustadores; se tanto um “cruz credo”

De você, relâmpago, que faísca temerário

Nunca ouvi uma queixinha assim mais forte

Mesmo quando queimas os ipês e os cedros.

E de você, chuva, que alaga e inunda terras,

No máximo é chuvarada ou pé-d'água,

Sossegando, te esquecem, até te perdoam.

Agora de mim, vejam só, é tufão, é furacão,

É pé-de-vento, é vendaval, é tormenta.

Até de uma brisa fresquinha, queixam-se eles

De ciscos nos olhos e de resfriado malsão.

Interação na página da pequena poetisa Vânia Fraga – Poesia Infantil "A Rosa, a Folha e o Vento”.

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*Queixas do Vento foi publicada nesse blog em 19/03/2011.

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Luiz Vila Flor
Enviado por Luiz Vila Flor em 03/04/2011
Código do texto: T2886719