Despertar da saudade
Ah... os olhos negros
os mesmos da música
que se cruzam, então
cúmplices num sorriso velado
olhares "plurais, tão singulares"
que demonstram em essência
o que verdadeiramente são.
De repente, tudo tão em evidência
sem dizer uma palavra
se encaram, se fecham, se abrem,
simplesmente, pelo olhar
se sabem.
Cabe em mim, todo o outro
que se reflete em meu próprio reflexo.
Por fim
quando não mais perto
o espaço se torna complexo
a distância faz o olhar ausente
tornando assim presente
a saudade que existe em mim.