Despertar da saudade

Ah... os olhos negros

os mesmos da música

que se cruzam, então

cúmplices num sorriso velado

olhares "plurais, tão singulares"

que demonstram em essência

o que verdadeiramente são.

De repente, tudo tão em evidência

sem dizer uma palavra

se encaram, se fecham, se abrem,

simplesmente, pelo olhar

se sabem.

Cabe em mim, todo o outro

que se reflete em meu próprio reflexo.

Por fim

quando não mais perto

o espaço se torna complexo

a distância faz o olhar ausente

tornando assim presente

a saudade que existe em mim.

Adriana A Bruno
Enviado por Adriana A Bruno em 01/04/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2882677
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