VERDADES
Eu costumo crer que a verdade é uma coisa relativa, pois cada um tem a sua própria, e muitas vezes, várias verdades ao longo da vida. Nossas crenças constituem as nossas verdades, e o fato de alguém acreditar em alguma coisa, não torna obrigatório que os outros também acreditem e vice versa. Hoje acredito em coisas nas quais eu não acreditava no passado, e ainda existem coisas em que continuo a não acreditar. Creio que existam verdades universais, mas, a relatividade está no fato de que cada um tem seu tempo certo para acreditar nessas verdades. Pois que a moral no homem caminha de forma crescente e evolutiva, da mesma forma como subimos as escadas -um degrau de cada vez- para chegarmos ao topo de um edifício.
Mas uma dúvida tem me tirado o sossego: Como saber se devemos acreditar no nosso coração ou na nossa mente, quando estão em conflito? Quando o coração nos dá a tranqüilidade e a mente a dúvida, em quem acreditar? No coração que se mantém em paz e tranqüilo independentemente da resposta, dando-nos a impressão de já conhecê-la? Ou na mente, que se revira na dúvida de quem anseia pela verdade?
Eis o dilema que me inquieta. Parece ser de fácil a solução, mas não é. Todos nós ansiamos pela verdade, precisamos de uma única para cada situação. Mas diante da dualidade entre coração e mente, quando os dois dentro de seus argumentos se mantêm coerentes e antagônicos, qual verdade escolher?