A V I D A
Poxa!
Tive tantas alegrias durante o período em que a conheci,
que já estava até sentindo-me realizado de tudo.
-Mas à vida,é uma peça, e nós, somos os atores que no palco
do mundo vamos desempenhando nosso triste papel.
Uns brincam,rien,porque são felizes.
Mas há aqueles que rien para esconder a triteza que existe
dentro de si, e, eu sou um deles.
E por isso vivo rindo,ou, fazendo os outros rirem,mais trazendo
dentro de mim uma infinita triteza que me dilacera o coração,
a cada gargalhada desta platéia que não consigo ver.
Mas ainda existe você!
A única expectadora que não se afasta um minuto seguer
deste ator fracassado,mas em compensação,vive só para me
magoar,fasendo-me sofrer maiores decepções.
Ah! se um dia pudesse mudar minha vida,sabe qual seria meu
maior desejo ?
Voltar a ser criança !
Sim,mais uma criança amparada por toda uma família.
Não como eu vivi,longe de pai e mãe,em meio só a estranhos
porque até assim a vida me pregou uma peça.
Não a culpo de tudo,mas atribuo parte desta ao autor que se
assina pelo pseudônimo DESTINO.
E aqui me despeço,não da vida, e sim,deste branco papel amigo.
A quem confesso todo meu trite viver.
A você meu confidente,desejo toda brancura das espumas
enquanto vou levando a peça denominada
A V I D A.
Esta página, escrevi ao lembrar do período em que vivi em
colégio interno,no RIO DE JANEIRO,No bairro de JACARÉPAGUA.
Onde figuei durante 10 anos.
Escrita em 22/12/1976