Pó da Estrada

Percebo a irmandade humana

Ela é perdida, somos fugazes animais

Sem razão e por vezes quase sem direção

Somos o pó da estrada eterna, o vento sopra

Voamos aos quatro ventos, esparramados e jogados

Um tanto de pó vem ao solo fértil e flores germinam

Outros se tornam alimento dos seres viventes, sustentáculos de vida

Sem partida, apenas o sopro do vento leva o pó, longe, a outros cantos

Uns vão à origem, ao mar, outros passam tempos suspensos ao ar

Empoeiram móveis desta sala e de casa, roupas, narizes e chão

O pó é levado sem pressa, somos o pó da estrada, em sua utilidade

Somos o pó da estrada em nossa inércia, mas esta é uma prosa de outro tempo

Precisamos do vento e do mar, precisamos ser solo para assim bem germinar.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2881055
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