Um  dia de outono

      O mesmo dia de outono. O mesmo Sol resplandescente  parece não querer  entender o seu papel nesta estação. Apesar do Sol, o dia é triste, é envolto em saudades. Ainda algumas flores tímidas nos arredores parecem querer deixar sua marca de alegria. Uma alegria que não mais existe porque o hoje está muito diferente do ontem e o amanhã é de total falta de esperança. A música tem acordes tristes e nem consegue embalar  sonhos de amor. O amor está calado, e o meu sorrriso encoberto pela nuvem da saudade. Mais um dia de outono, mais um dia sem você. Não tenho mais seu afago, nem posso atirar-me em seus braços e falar-lhe de sua importãncia na minha vida. Apenas sentir a chama desse amor que nos uniu em vida e nos unirá por toda eternidade.
      Já começa o Sol a ir embora. Parece-me menos resplandescente; um ventinho  frio já começa a bater-me no rosto, e eu falo para mim mesma:-Vá em frente! Desperta para a realidade! O Sol amanhã ainda há de brilhar, mesmo sendo um dia de outono.

Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 26/03/2011
Reeditado em 26/03/2011
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