[À Janela do Passado, um Olhar Perdido]

... E se acaso a mesmice de tua vida

te permitir erguer a cabeça,

e contemplar, num instante, a lua cheia

erguendo-se de trás daquele morro,

e lançando um facho de luz sobre o rio,

o que mais quero é que seja este instante

um instante de calma do teu olhar, e de solidão...

E então, lembra-te de que, neste vero instante,

o meu pensamento mais caro, ansioso,

está a rondar os teus pensamentos,

está sonhando impossibilidades...

Nada temas! Contenha este olhar ansioso,

fecha devagar a janela do Passado —

agora, eu sou apenas uma sombra ligeira

voando sobre as construções de teu mundo...

[Penas do Desterro, 26 de março de 2011]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 26/03/2011
Reeditado em 30/03/2011
Código do texto: T2871637
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