DESPEDIDA

O tempo me aprisionou na ficção. Quando percebi a vida me pegou pelas mãos e me deu rumo. Novamente o comboio. Ser e estar a exteriorização dos meus sentimentos, o vagão rompendo a noite com a despedida rasgando a pele. Tantas estações e ainda o aceno, a palavra muda atrás da janela, o gosto salgado da saudade, as pálpebras sonolentas com a repetição de talvez...

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 09/11/2006
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