lavra
Eis que na lavra dos meus pensamentos, extraí pedras preciosas.
Eis que no pulsar da manhã que acorda, sentimentos brotaram,
Pedriscos, pedregulhos, farelos d'alma, areia na peneira, e sotaques.
No escavar diário da lida do dia a dia, jorraram partículas, ínfimas,
Que exoram a força da natureza que anuncia:
Poesia e gotas salpicadas de encantos, na aurora que entrecorta,
Que me entorpece valente, ao rememorar detalhes, e cortes,
Fortes imagens... de extremos vividos pelo homem,
Da má sorte, de muitos mineiros.
Que em par em par, na textura breve das paredes do tempo,
Istalavam-se em bandos... a perscrutar, o inusitado,
Galerias profundas, gargantas vivas, que se fulguram,
No descompassar frenético de ilusões e escolhas,
Reluzente agora, recortando paredes e, invadindo lençóis,
Quebrando o silêncio... de enigmas abissais que se misturam,
Por vezes, esplendorosos, no revés,
De fissuras e calcificações dos próprios medos,
Incontido diria, talvez, na proporção exata, do que foram,
E construíram, ao longo da jornada descobridora:
Lavrar, escavar, descobrir, e se abrir,
Como chuva fina, numa noite esplendorosa,
Ao orvalhar da lua... menina,
No negrume intempestivo que se instala, e reflete,
No lampião carcomido, aceso da hora,
Quebrar, riscos de esperanças... em desvelo,
Que lhe faz companhia, abrigo temporário, inexorável,
Todos os dias... nas grutas e galerias do medo!
Porém, inebriado estou, agora, pronto:
Ao contemplar tamanha preciosidades e belezas,
Que se extraem... das frestas e fissuras das entranhas da terra,
A iluminar e enfeitar de diamante...,
O colo da moça bonita do patrão,
Em adorno ímpar, secular,
Que comporta, e abre, em flor em flor,
Beleza rara em forma de amor:
A terra, à luz e à vida,
Que reluz e brota... gentilmente,
No reflexo amargo, por vezes, do tempo...
Que escorre, mansamente e, passa... como tudo.
E, se mistura na imensidão dos céus de sentimentos,
Amores, perdidos... que ora, sepultados à revelia...
Em segredo... nas duras minas!
Eis que na lavra dos meus pensamentos, extraí pedras preciosas.
Eis que no pulsar da manhã que acorda, sentimentos brotaram,
Pedriscos, pedregulhos, farelos d'alma, areia na peneira, e sotaques.
No escavar diário da lida do dia a dia, jorraram partículas, ínfimas,
Que exoram a força da natureza que anuncia:
Poesia e gotas salpicadas de encantos, na aurora que entrecorta,
Que me entorpece valente, ao rememorar detalhes, e cortes,
Fortes imagens... de extremos vividos pelo homem,
Da má sorte, de muitos mineiros.
Que em par em par, na textura breve das paredes do tempo,
Istalavam-se em bandos... a perscrutar, o inusitado,
Galerias profundas, gargantas vivas, que se fulguram,
No descompassar frenético de ilusões e escolhas,
Reluzente agora, recortando paredes e, invadindo lençóis,
Quebrando o silêncio... de enigmas abissais que se misturam,
Por vezes, esplendorosos, no revés,
De fissuras e calcificações dos próprios medos,
Incontido diria, talvez, na proporção exata, do que foram,
E construíram, ao longo da jornada descobridora:
Lavrar, escavar, descobrir, e se abrir,
Como chuva fina, numa noite esplendorosa,
Ao orvalhar da lua... menina,
No negrume intempestivo que se instala, e reflete,
No lampião carcomido, aceso da hora,
Quebrar, riscos de esperanças... em desvelo,
Que lhe faz companhia, abrigo temporário, inexorável,
Todos os dias... nas grutas e galerias do medo!
Porém, inebriado estou, agora, pronto:
Ao contemplar tamanha preciosidades e belezas,
Que se extraem... das frestas e fissuras das entranhas da terra,
A iluminar e enfeitar de diamante...,
O colo da moça bonita do patrão,
Em adorno ímpar, secular,
Que comporta, e abre, em flor em flor,
Beleza rara em forma de amor:
A terra, à luz e à vida,
Que reluz e brota... gentilmente,
No reflexo amargo, por vezes, do tempo...
Que escorre, mansamente e, passa... como tudo.
E, se mistura na imensidão dos céus de sentimentos,
Amores, perdidos... que ora, sepultados à revelia...
Em segredo... nas duras minas!