Turbulências

A alma sente que não estará mais aqui quando as brumas se dissiparem .

E o ar se renovar.

Sente que o momento é escuso ,montado

em artifícios que não compreeende.

Que partir nem é indicado para quem não está no lugar .

Se nesta jornada já nem sabe existir, somente

persistir num ausente caminhar...

Com seu rumo desfeito .

Passos tortos em labirintos cruzados, ecos suspirados.

Não encontra alento, vê apenas o leito onde vai se deitar.

Raízes que se recolhem sem chances de verem a luz.

Figuram somente máscaras,rostos alheios.

Passantes estranhos com almas vagas.

Indóceis entre inssosas falas.

Agruras,arrependimentos. Frases cortadas ao meio.

Sorrisos que falseiam. Dúvidas , pedras,

poeiras, desencantos , receios.

Desnorteados devaneios...

luferretti
Enviado por luferretti em 09/11/2006
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