Turbulências
A alma sente que não estará mais aqui quando as brumas se dissiparem .
E o ar se renovar.
Sente que o momento é escuso ,montado
em artifícios que não compreeende.
Que partir nem é indicado para quem não está no lugar .
Se nesta jornada já nem sabe existir, somente
persistir num ausente caminhar...
Com seu rumo desfeito .
Passos tortos em labirintos cruzados, ecos suspirados.
Não encontra alento, vê apenas o leito onde vai se deitar.
Raízes que se recolhem sem chances de verem a luz.
Figuram somente máscaras,rostos alheios.
Passantes estranhos com almas vagas.
Indóceis entre inssosas falas.
Agruras,arrependimentos. Frases cortadas ao meio.
Sorrisos que falseiam. Dúvidas , pedras,
poeiras, desencantos , receios.
Desnorteados devaneios...