Sonhos

Sonhos... que sonhos?...

Que são certos sonhos quando se é maduro?

Que créditos lhes ofereço, esse campo nebuloso?

Bom é ser criança, que acredita mesmo.

Meninos de fato crêem, vivem o invivido,

Enxergam-se grandes inda pequenos; sonham grande;

Meninos vêem a verdade onde jamais estará.

Mas tão bom é iludir-se, sem medo, sem ressalvas...

Meus sonhos têm um quê de análise – então não são sonhos!...

Talvez sejam planos... Mas e os sonhos?...

Esses ainda me alimentariam o espírito;

Às vezes alimentam feridas,

Que, às vezes somem, outras não; e daí?

O corpo também some, passa... o espírito prossegue.

Como se inventavam mesmo aqueles enredos fantásticos?

Poucos elementos me bastavam e já vivia infinitas histórias,

Histórias que nunca foram, e ainda assim sobrevivia.

Queria mesmo acreditar nos mais impossíveis sonhos,

Mas só consigo sonhar que acredito.

Éder de Araújo
Enviado por Éder de Araújo em 08/11/2006
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T286075
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.