DIAS DE AGONIA
“A vaca pariu
A bezerra sumiu
A “papo amarelo” (cobra) surgiu...
Morreu...
Os “caga-fogo” (marimbondos) sumiram
Assassinei-os...
A sombra se faz presente
O dia estar “meio que doente”
Mesmo com os raios fulgentes
De Inti...
Paira no ar uma energia preocupante
Na porteira o boi deitado,
Todo esparramado.
Não sei se cansado,
Estressado ou se foi picado
Eu estava pesado
Cansado, preocupado
Bezerro nascendo
Cobra na cancela morrendo
Marimbondos me picando
E sendo queimados
De tanto reclamar,
De dizer sem cansar:
Não tenho nada com isso!...
A mamãe Olija mandou para cá
Para me reconfortar –
Outro tipo de animal
Paulinho, Naiara e Luizinho.
Ficaram comigo,
Conversa agradável,
O ambiente se harmonizou,
O sol voltou a brilhar,
O ar pesado se dissipou.
Quando se foram
Quase meio dia,
Meu coração acelerou,
Na porta entre a sala e a cozinha,
Um ser se apresentou –
Olhou, sorriu e sumiu!”