CHORA A POESIA!

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Como choraram meus olhos ao ver a fúria da natureza

destruir sonhos de irmãos que desconheço.

E como eles, minha poesia é choro de dor...

A dor da perda, da devastação,

da impotência, da irresponsabilidade

do ser dito ser, humano...

Testes nucleares no fundo dos mares...

Até quando perdurará a dor,

a impotência, a morte?

Sofrem outros seres humanos,

largados a própria sorte.

A fome, a doença, o abandono...

Meu Deus! Será que alguém pode ter sono?

Chora a poesia da poetisa

que dos encantos de amor

sempre teceu seus versos.

E hoje a Deus, apenas peço:

Piedade Senhor!

Eles ainda não sabem o que fazem...

Enquanto minha poesia, silenciosa, pelos irmãos chora!

Rio de Janeiro, 14/03/2011 - Brasil

Ps: No Dia da Poesia, meus poemas estão de luto.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 15/03/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2848755
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