adaga poesia
Afiada como os caninos da iena
Que corta a carne e jubila com sangue de versos expostos
Minha adaga tem sede venoso.
Sarcófagos de múmias milenares não me seduzem
Quero carne de lua, quero lua de mármore
O mesmo mármore frio que meus ossos descansam.
Minha adaga poesia desliza pelo seu corpo poema
Fere a encruzilhada da vida e da morte
Corvos grasnam em frenesi.
Mas minha faca arranca do seu corpo palavras sem nexo
Mas estou em eboulição como o desejo sedento do
Vulcão que trespassa a rocha e goza lavas incandescente sobre a gaia
agonizante chamada sua carne.
Montes brancos de neve, onde a rosa vermelha nasce no ultimo cume, faz minha boca babar estrelas cadentes em um jorro lácteo de seus formosos cumes erisados pelo vento frio do norte que meu brado sobre suas formas.
É montanha imponente, mas eu, lava incandescente, te perfuro de dentro para fora e te faço jorrar, como Penélope na sua primeira noite com Odisseu, após trespassar a lança no peito de todos os seus imigos e pretendendes ao coração de sua amada.
O gozo de Penélope e Odisseu não foi contado, mas meus ouvidos ouviram e desde este dia meu sonho e também realizá-lo com minha Helena.
Minha adaga poesia, aguarda em minha virilha, o clamor de minha Lady Helena, para superarmos os gritos de Penélope e Odisseu.
Neste momento fugaz, minha adaga poesia jorrará versos que deixará rubras de inveja todas as Deusas do Olímpo.
Minha, sua adaga poesia.