Textos...

Estavam lá... Os textos testemunhos... Coisas ralas, num baú tingido e diluído em água solvente.
Olhei, pelas cortinas... O dia chamando bem cedo... Dos risos, em cócegas... Do esculpir o corpo com as pontas dos dedos.
Os textos... Falava deles... O Poeta e sua caneta... Pena!
Pensei nos caminhos... Pensei nos passos maltraçados... Pensei em tudo que fora dito a tantos ouvidos... Mesmas palavras, mesmos lamentos... O mesmo.
Os parágrafos anunciam que não há mais coerência...O Homem conduz o flácido desamor, ao priorizar o próprio resguardo.
Assim... Nos textos que li, sortiam as falhas e abarrotadas escolhas do não saber viver.
Estavam lá as palavras sofridas... Os ditos proibidos... As muralhas que são criadas a cada dia que passa... Nietzsche sabe como matar baratas... Ou deslumbrar a alma.
Enquanto isso... Deslizo no gosto das telas descobertas... Fel e mel, como crostas que não levam a nada.
Assim, no silêncio das ondas quebradas, a beleza de ouvir a própria respiração...


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