Prosa da espera

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Cai a chuve, sopra o vento, surge o frio queima o fogo...

...e ali corpos e almas nus enlameados, entregues a um Deus Dara

Esperando por migalhas de piedade, por restos deixados palavras usadas e dedos que apontam,

Fecha os olhos, cala a boca, range os dentes.......Serra o punho!

...Mais uma noite fria de junho,

Pois assim caminha o mundo com descaso, acaso, e preconceitos banais.

Lê-se a carta , desce a lagrima, canta o hino.

Os missionários da morte chefiando fileiras pagãs parecem fortes!!!

...mas são como ratos covardes proliferando sua doença e sua descrença ,

E contagiando a humanidade com seu egoismo , seu rancor doentil , espalhando a peste pela ponta do fuzil,

Puxa o gatilho, desembainha a espada, e ignora o sangue que corre na calçada,

Nuvens cinzas tingem o azul do céu e as andorinhas já não voltam mais,

E ai você percebe que é o réu do tirano e seu regime, e quais foram seus limites?

Culpado por ser inocente,, por não ser igual,

Caem os muros, cai Caim, caem as máscaras, escorre o Sangue,

Talvez um dia eu possa dizer o contrario, talvez correndo ao arco-íris através dos sertões, do mar, do deserto, mas com tambores, fumaça e indiferença,...o nosso futuro é incerto.

Odair Dias

Odair Dias
Enviado por Odair Dias em 10/03/2011
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T2838967
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