[Meus Defeitos, Teus Defeitos...]
[Para certos ingênuos Momentos - é claro!]
Oras... convenhamos: o que são “defeitos” senão a diferença entre a ação observada e aquela esperada pela nossa volúpia de viver, pelo indesculpável absolutismo do nosso olhar? Os defeitos são mais emocionantes que as virtudes — estas são enfadonhas, não são criadoras de amanhãs, não engendram um telefonema a mais, e nem sequer um verso[teu]... são certezas cartoriais, aborrecidas.
Amamos os defeitos, amamos a cafajestagem alheia?! Absurdo? Que somos nós, seres para os quais um reles purgante [ou um antidepressivo] faz a diferença entre o sorriso... ou a cara amuada? Será... nada sei, e morro de tanto não saber. E quem admite absurdos assim, à queima-roupa? Só... rindo mesmo.
Pensa... e lembra [assim mesmo, no imperativo, viu?], de não colocares “Ç” onde só cabe a maciez de um “S”. Fala um suave “S” para mim, e eu te beijo, com todos os meus defeitos!
[Penas do Desterro, 09 de março de 2011]