O nada, que nada sou

Em algures sou poeta

já que não sou nada

O nada irá me contemplar

Hei de ser aplaudida por uma plateia de cactos

Numa peça meio ao deserto

E eu pesso com toda franqueza antes que eu enlouqueça

e eu venha a ser de volta o nada que nada sou

Permaneça aqui

Me cubra com um pouco de ternura

que em mim nada restou

Me dê um pouco de qualquer sentimento.

Para que eu possa sentir um pouco de vida.

Raquel Henrique
Enviado por Raquel Henrique em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2834028
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