A Serra
Fomos subindo a serra.
As nuvens semelhantes a densas sombras passeavam pelos céus.
O espetáculo é de tirar o fôlego, aliás, tem que ter fôlego pra subir lá. Fôlego e motor possante.
Os cumes pareciam suspensos nos ares, sustentados por planaltos brumosos; cumes cobertos de uma diversidade policromática verde mergulhados na névoa. Que densas matas de tonalidades impressionantes!
Ao subirmos, ao sabor dos ventos sulinos, folhas secas flutuavam... Os arbustos oscilavam lentamente, saudando nossa passagem.
Em meio aos paredões, cascatas de águas cristalinas surgiam... umas delicadas, outras estrondosas, mas sempre maravilhosas, no meio do abismo ecoando sua melodia pelo infinito.
No topo da montanha o cheiro de mato molhado nos beliscava as narinas. O eco de nossas vozes, surpresas da emoção, multiplicava-se no vazio do canyon. A brisa oscilava com seu perfume de bromélias. Via-se, lá no mirante em São Joaquim, um desenho sinuoso rasgando o ventre da serra, uma linha serpejante pontilhada de carros. Gente que, como nós, também decidira fazer um passeio por aquelas paisagens.
A neblina opaca, fosca e esbranquiçada... brincava de esconde-esconde. Ia e vinha e tudo cobria... e,... instantaneamente... se dissipava.
De repente, o céu apareceu límpido... de um azul profundo.
Como um breve devaneio, os raios de sol invadiam a nuvem e a recolhiam... como se uma mão invisível recolhesse um tule na paisagem. Que incrível!
Já se viu coisa assim?!... uma fábrica de nuvens! Nossa!... Meu suspiro perpassava o ar... e tão breve quanto ele era a luz do sol.... pois novamente, a nuvem de neblina descia!
Subitamente, lá no ápice da montanha, a bruma tornou-se tão espessa que tudo desapareceu à nossa volta. Enxergava-se à frente menos que um palmo de chão!... Não se distinguia nada...
Esta paisagem única, em todo seu esplendor é quase irreal.
É a Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina.
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Foto: Izabella Pavesi
Fomos subindo a serra.
As nuvens semelhantes a densas sombras passeavam pelos céus.
O espetáculo é de tirar o fôlego, aliás, tem que ter fôlego pra subir lá. Fôlego e motor possante.
Os cumes pareciam suspensos nos ares, sustentados por planaltos brumosos; cumes cobertos de uma diversidade policromática verde mergulhados na névoa. Que densas matas de tonalidades impressionantes!
Ao subirmos, ao sabor dos ventos sulinos, folhas secas flutuavam... Os arbustos oscilavam lentamente, saudando nossa passagem.
Em meio aos paredões, cascatas de águas cristalinas surgiam... umas delicadas, outras estrondosas, mas sempre maravilhosas, no meio do abismo ecoando sua melodia pelo infinito.
No topo da montanha o cheiro de mato molhado nos beliscava as narinas. O eco de nossas vozes, surpresas da emoção, multiplicava-se no vazio do canyon. A brisa oscilava com seu perfume de bromélias. Via-se, lá no mirante em São Joaquim, um desenho sinuoso rasgando o ventre da serra, uma linha serpejante pontilhada de carros. Gente que, como nós, também decidira fazer um passeio por aquelas paisagens.
A neblina opaca, fosca e esbranquiçada... brincava de esconde-esconde. Ia e vinha e tudo cobria... e,... instantaneamente... se dissipava.
De repente, o céu apareceu límpido... de um azul profundo.
Como um breve devaneio, os raios de sol invadiam a nuvem e a recolhiam... como se uma mão invisível recolhesse um tule na paisagem. Que incrível!
Já se viu coisa assim?!... uma fábrica de nuvens! Nossa!... Meu suspiro perpassava o ar... e tão breve quanto ele era a luz do sol.... pois novamente, a nuvem de neblina descia!
Subitamente, lá no ápice da montanha, a bruma tornou-se tão espessa que tudo desapareceu à nossa volta. Enxergava-se à frente menos que um palmo de chão!... Não se distinguia nada...
Esta paisagem única, em todo seu esplendor é quase irreal.
É a Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina.
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Foto: Izabella Pavesi