[Adivinhação]

Quem é que adivinharia a dor escura

sob a claridade do meu sorriso?

Quem é que adivinharia o meu rosto

antigo jacente sob o de agora?

Quem é que adivinharia os caminhos

que trilhei sob o rumo que traço agora?

Quem, ao ler as estrelas do meu amanhecer,

conseguiria advinha o meu norte, quem?

Quem me lê, não pode me adivinhar,

a perdição da vida não lhe dá tempo...

Uma pista eu não posso deixar de dar:

o começo [e o fim] de tudo está no meu olhar...

[Penas do Desterro, 06 de março de 2011]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 06/03/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T2831465
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