Já não morávamos no mesmo lugar, nem eu nem ele.
Mas, sempre insistia em passar em nossa antiga rua e olhar
como se estivéssemos.

Muitas vezes nos vi brincando como espectros eternos, podia até ouvir nossas vozes e risos de conversas displicentes.

Ao passar, naquele dia, ele estava lá como antes...rodeado por nossos amigos... era ele, o mesmo e o único de sempre.

Meu tempo bateu diferente. Acelerei meu carro para fugir de mim mesma. Passei e pisei sobre o passado.

Assim que olhou fechei meus olhos e nunca soube se o vi ou se nos vimos.

                                                   Pedra Mateus
                                                     



André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 05/03/2011
Reeditado em 25/04/2011
Código do texto: T2830293
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