HORIZONTE
No contexto simbiótico dos nossos textos ocasionais
Gravamos paisagens como ferras na carne campestre e
atravessamos as ramagens agrestes para nos deitarmos.
Sentimos o amanhecer na pele das searas
E vestimos de amarelo o sonho das noites longas.
Deitamos pedaços de carícias na tigela do vinho
E bebemos o pôr do sol que arrefecia o corpo deleitado.
Escurecemos as mãos nas estrelas ausentes de nós.
Viajei para a cidade e o nevoeiro encerra-me o horizonte.