HORIZONTE

No contexto simbiótico dos nossos textos ocasionais

Gravamos paisagens como ferras na carne campestre e

atravessamos as ramagens agrestes para nos deitarmos.

Sentimos o amanhecer na pele das searas

E vestimos de amarelo o sonho das noites longas.

Deitamos pedaços de carícias na tigela do vinho

E bebemos o pôr do sol que arrefecia o corpo deleitado.

Escurecemos as mãos nas estrelas ausentes de nós.

Viajei para a cidade e o nevoeiro encerra-me o horizonte.

Mónica Correia
Enviado por Mónica Correia em 05/11/2006
Reeditado em 05/11/2006
Código do texto: T282849