FERIDA

Espinho encravado no peito, profunda dor nos escaninhos da alma. Machuca a cada movimento das emoções, causando desconforto e sofrimento. Bisturi inútil não alcança as profundezas onde se aloja esse corpo estranho a minha essência. Por vezes as lágrimas vertem diante da impotência de expelí-lo, noutras o atrito irritante traz a revolta do inevitável. Ferida que se abre a cada estocada indelicada e perversa, sangrando gota a gota, matando devagar e intermitantemente. Situações de uma vida que se arrastam infinitamente. Situações da vida, que apenas a fé traz um pequeno lenitivo. Talvez um dia se diluam. A esperança ainda não morreu...

Giustina
Enviado por Giustina em 27/02/2011
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T2818943
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.