Minhas Vontades...
Eu tantas vezes quis sair dessa vida, assim,
como se sai de um quarto depois de trocar de roupa...
Crescer no tamanho e na coragem, estar vestida de mulher por cima da menina,
acender um cigarro e saber o que fazer com ele, abrir a porta de saída
e andar pelas ruas do destino como se já tivesse vivido duzentos anos...
Mas acumulo em meu corpo tantas vontades que a solidão não me assusta mais, aliás, não há desespero nessa minha angústia, apenas resignação...E no coração, crédulo que só ele, muita recordação.
Há tantos recortes em mim que me considero uma obra de arte...dessas que se deve apreciar sem pressa...ou talvez nem ser notada.
Nunca temi a demora das tramas ou dos dramas que fazem, tão somente por não saberem como desatar...então, eu apenas observo, de longe, vendo que as vontades só a mim pertenceram.
E hoje, enquanto o domingo agoniza e as vontades invadem o meu peito, eu só queria um pedaço de goiabada com queijo...
único casamento que conheço que permanece perfeito.
Eu tantas vezes quis sair dessa vida, assim,
como se sai de um quarto depois de trocar de roupa...
Crescer no tamanho e na coragem, estar vestida de mulher por cima da menina,
acender um cigarro e saber o que fazer com ele, abrir a porta de saída
e andar pelas ruas do destino como se já tivesse vivido duzentos anos...
Mas acumulo em meu corpo tantas vontades que a solidão não me assusta mais, aliás, não há desespero nessa minha angústia, apenas resignação...E no coração, crédulo que só ele, muita recordação.
Há tantos recortes em mim que me considero uma obra de arte...dessas que se deve apreciar sem pressa...ou talvez nem ser notada.
Nunca temi a demora das tramas ou dos dramas que fazem, tão somente por não saberem como desatar...então, eu apenas observo, de longe, vendo que as vontades só a mim pertenceram.
E hoje, enquanto o domingo agoniza e as vontades invadem o meu peito, eu só queria um pedaço de goiabada com queijo...
único casamento que conheço que permanece perfeito.