FIZERAM AS PAZES.
No vaso de hortelã, a erva daninha também cresceu. Semeei somente a hortelã, mas a outra floresceu.
Limpando com delicadeza a planta viçosa, eis que, com pena fiquei, de arrancar e matar, tão decidida erva.
Ali, se alojou, sem ninguém tê-la posto, sozinha buscou a luz do sol, com tenacidade se fez vida.
A pensar fiquei.....
Por que será, que o mundo decidiu por exterminá-la, e conservar a vida da hortelã ?
Pergunta sem resposta, mas, apiedo-me das frescas ervas, que resolveram chamar de praga.
Daninhas, também são tantas almas humanas, que vivem entre as boas e úteis, e ninguém, vai lá arrancá-las, e jogá-las no lixo.
Então, resolvi !
Matar, não posso, as ervinhas tão verdes.
Quem sabe, ainda não aprendam a bem conviver a hortelã e a praga, sem uma fazer sombra para a outra.
E, assim, o meu vaso continua a abrigar em paz, a praga e a hortelã.
E preciso é que se veja, como está belo e verdejante, até penso que se esqueceu, que a boa semente, não divide o mesmo vaso com a de má qualidade.
Parece até que fizeram as pazes, as duas plantinhas, e estão a trocar receitas de boa convivência.