FIZERAM AS PAZES.

No vaso de hortelã, a erva daninha também cresceu. Semeei somente a hortelã, mas a outra floresceu.

Limpando com delicadeza a planta viçosa, eis que, com pena fiquei, de arrancar e matar, tão decidida erva.

Ali, se alojou, sem ninguém tê-la posto, sozinha buscou a luz do sol, com tenacidade se fez vida.

A pensar fiquei.....

Por que será, que o mundo decidiu por exterminá-la, e conservar a vida da hortelã ?

Pergunta sem resposta, mas, apiedo-me das frescas ervas, que resolveram chamar de praga.

Daninhas, também são tantas almas humanas, que vivem entre as boas e úteis, e ninguém, vai lá arrancá-las, e jogá-las no lixo.

Então, resolvi !

Matar, não posso, as ervinhas tão verdes.

Quem sabe, ainda não aprendam a bem conviver a hortelã e a praga, sem uma fazer sombra para a outra.

E, assim, o meu vaso continua a abrigar em paz, a praga e a hortelã.

E preciso é que se veja, como está belo e verdejante, até penso que se esqueceu, que a boa semente, não divide o mesmo vaso com a de má qualidade.

Parece até que fizeram as pazes, as duas plantinhas, e estão a trocar receitas de boa convivência.

Lenapena
Enviado por Lenapena em 27/02/2011
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T2817713