FERA FERIDA
Imaginava-te um deus grego, um anjo acolhedor o dono dos meus sonhos e do meu amor. De repente você se afasta de mansinho e vai fugindo de minha vida e eu aqui fiquei pairada sofrendo demasiadamente as dores dessa paixão desvairada. Como sua ausência doía, Doía como uma dor física...
Sofri a cada instante em que te procurava era uma procura em vão, sem êxito; sem razão. O coração sangrava suas dores a solidão o consumia...
Senti-Me longe da alegria e dos meus lábios fugir todo sorriso. Doeu demais tua falta foi como se me atiraste a um calabouço frio acorrentada num vazio tenebroso. Agora você regressa do nada e simplesmente diz:
¬¬ei! Voltei...
Sabe, beijei outras bocas, mas, descobri que é você que quero; ouvir isso foi como se faltasse - me os pés ao chão e eu fugisse de mim indo pra outra dimensão...
Por quê?
Por que agiu assim...
Se me amasse não me faria sofrer. Não adianta dizer perdão errei!
O que está feito, está feito. Não dá pra voltar atrás e apagar tamanho sofrimento nem sempre feridas de amor se cicatriza...
Digo não! Hoje abri os olhos e percebi que você não merece sequer uma só lágrima, nem uma gota do meu amor, Se disser que irei esquecê - lo mentiria. Confesso que seguirei por novos caminhos e de cabeça erguida mesmo sentindo essa maldita saudade doer - me a fundo...
Não vou abater - me vou dar a volta por cima e deixarei assim; de ser essa “fera ferida”.