SONHO

Sonhei que morri…

Doce sonho…

Apenas a agonia

Que precede o fim

E que persegue todo ser

Me desesperou...

Mas ao sentir

Livre a alma do cárcere,

Invólucro que prende

Minha carne,

Minha pele,

Meus pelos de loba,

O ar não me fez falta.

Nem o peso da carcaça

Corroída pela dor

Por decepções

Paixões e

Falta de amor...

Voei livre

Até o amanhecer

Quando o sol tocou

Bem de leve minha pele

A loba voraz desperta

De volta ao cativeiro

Em busca de alimento

A espera de mais um sonho

Suicida ....