Sussurros em Morgdan
-
Quantas cordas serão necessárias para me acorrentar a realidade?
Sob um sol esquizofrênico e nuvens metálicas que orgiam serenidade
Eis que o Primeiro Panteão se curva perante as sombras turvas da manhã
E nem aconchegado aos braços de Hellenah meus sinônimos puderam sentir
Meus dedos soletram na areia um nome desconhecido
Tão improvável como o sorriso sincero de Julian
O nome distinto, um apelo em silêncio que não denota cor
A dor de Harpócrates é acolhido pelo Labirinto de Fauno
Sinfonias paralelas nas camadas mais finas dos Templários
Soldados multiplicados, nascidos dos goros, mas que procuram a paz
Nada mais do que meus respiros e olhos caídos que não toleram a mágoa solitária
E a sutil incerteza de que outros olhos me farão companhia nessas horas tardias
Um céu negro agoniza disposto do lado de fora
Sem qualquer razão aparente
Da mesma forma que eu do lado de dentro
Como o soldado Er que não volta pelo caminho de onde partira
Binho
-