"" UM CASO DE AMOR ""

Estou morrendo
Sim, eu ví o bafo da morte.
Ela sorriu com seu crânio descarnado e dentes a vista
Meu peito ardeu como vulcão incandescente.
Uma onda de calor invadiu meu peito, subiu pelo meu ombro,
Desceu maliciosamente pelo antebraço, braço e mão esquerda
Meus dedos fugiram de mim, minha respiração fugiu de mim
Meu coração era bola de fogo flamejante, sim eu estava morrendo
Ví a vida em centéssimos de segundo, ví todo o meu mundo
Sim eu vi a morte sorrindo para mim e não venham me dizer:
Há uma luz no fm do túnel, não ví, vi meu corpo torcer
Ví meu olhos apagarem, ví meu corpo torcer como um
Monte de carne nervos e ossos em convulsões.
Sim, ela veio, e seu sorrisso é sinistro, é medonho
Sim eu ví a morte e ela sorriu para mim como uma noiva em núpcias
Mas eu não a quero, não quero detestável noiva cadavérica.
Sim meu peito queimava, minha boca gemia, eu estremecia
Sim acho que morri um pouquinho naquele instante
Merreu todos os meus sonhos.
Sonhos de viver, sonhos de amar, sonhos de sonhar
Sonhos comigo, sonhos com você, sonhos conosco
Sim eu vi a morte - INFARTO - ele me mostrou como ela é
E ela é medonha, ela sorri pra você, mas você chora, e ninguem vê.
Tudo se acaba alí, sonhos, amores, brigas, intrigas, tudo ali se acaba.
Sim eu ví a morte tão de perto que senti seu bafo.
Seu bafo que queria arrancar meu coração do peito.
Desta vez eu me safei, mas ela sorriu e como se me dissesse,
Me dissesse assim:
_ Eu vou, mas volto, e volto mais breve que tu imagina.
Ela não me levou, mas deixou sequelas: meu braço esquerdo treme, minha lingua está sempre dormente.
Sim eu estou mais próximo da morte agora.
Estou vivendo agora a espeita dela
Ela volta, ela me marcou,
Sou agora dela, um caso de amor...
BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 20/02/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2803591
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