Fragmentos VIII
1- Não sei nada da vida. Faço poemas para encontrar uma saída.
2- Espero viver muito. Tenho ainda vários livros que desejo ler.
3- Quando estou feliz algumas poucas horas parecem dias. A ternura e a alegria me visitam sem pressa.
4- Sempre procuro dentro de mim a leveza do ser criança.
5 - O ser humano algumas vezes me assusta. A mente é um quarto misterioso e habitado por muitos demônios.
6 - Meu mundo são meus filhos. Rios que correm para além do mar dos meus olhos.
7 - No pôquer da vida pago para não ver conflitos. Sei que não sou um homem fácil, para não dizer dificil.
8- Em certos lugares meu riso é algo contido.
9 - Preciso de muito pouco para viver, mas me custa muito caro.
10 - Num mundo cercado de violência, ser sensível alimenta desconfianças.
11- Meus cabelos brancos mostram o quanto sofri e cometi enganos.
O engraçado é que alguns acham que é charme!
12- Gosto de dias de chuva fina. Sua melodia suaviza a alma.
13- Tenho uma certa facilidade para escrever. Mas só o faço quando algo me arde o peito.
14- O corpo sempre reflete nossa vida interior.
15- Sou um fingidor, um professor sem alunos, um menino roendo unhas e um adolescente fazendo bagunça no escurinho do cinema. Faço drama- teatro, não cinema, e até algumas poesias.
16- Em certo momentos saio de cena para não morrer de tédio.
17- Nos meus jogos de palavras o silêncio sempre vence.
18- Se médico me fascina. Escrever me assenta o espírito.