imagem/Berussa
ANIMAL DE MIM
(líricas de um evangelho insano)
Não vinha do leste
nem tão pouco do oeste
vinha da pele salgada dos mortais
vinha de cordeiros gemidos
de senhas perdidas
ao remanso de tempestades
vinha de cáusticas noites varridas
entre estrelas de embriões incinerados
vinha de um frágil réptil
à margem dos rios incendiados
nascia da nódoa no orvalho do tempo
com seus pés de areia soprados no deserto
e com os celeiros vazados na rebentação
da raiz
Emergiu fera de lama
de guelras partidas como tu
no crepitar da mesma chama
dessa pedra cozida
animal vivo de mim
ANIMAL DE MIM
(líricas de um evangelho insano)
Não vinha do leste
nem tão pouco do oeste
vinha da pele salgada dos mortais
vinha de cordeiros gemidos
de senhas perdidas
ao remanso de tempestades
vinha de cáusticas noites varridas
entre estrelas de embriões incinerados
vinha de um frágil réptil
à margem dos rios incendiados
nascia da nódoa no orvalho do tempo
com seus pés de areia soprados no deserto
e com os celeiros vazados na rebentação
da raiz
Emergiu fera de lama
de guelras partidas como tu
no crepitar da mesma chama
dessa pedra cozida
animal vivo de mim