Convergências - ensaio parte III
Era um sábado que amanhecia em tons de novas ansiedades.
De um sono curto ela despertara com sorrisos envoltos em sonhos e num vigor de quem atropelaria minutos para o reencontro.
Este era um dia que se prometia inteiro, sem ponteiros que lhe exigisse a ordem, sem amarras que lhe cortasse os passos. Das previsões então meteóricas, estavam um roteiro entre cenários e olhares de contínuas descobertas.
Ela levava consigo uma pequena surpresa em detalhes - um presente como de boas vindas na recordação dos antigos diálogos: o pudim de que ele gosta como criança que antecipa a sobremesa. Um prato cheio em caldas de sorrisos soltos, da moça desordenada em sensações.
Percorreram juntos e ainda separados, os vários cantos da cidade em que um dia ele já rabiscou histórias. Naquele momento, estas já não eram mais as paisagens antigas dele, ou caminhos frequentes para ela, mas os panaromas convergentes de dois em um, que se fez em ponte de um antigo imperador.
Após a tímida hesitação em fim de tarde, as águas eram testemunhas dos lábios que afluíam-se ao primeiro beijo.
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