Timidez - ensaio parte II

Nas primeiras horas notívagas os ponteiros já alertavam a Cinderela urbana. Seriam então em doses as descobertas, embora ele confessasse uma agitação desejosa por esticar instantes.

Entre os risos da manhã seguinte, agora a simples chance de quebrar o rush da cidade - Um almoço a dois.

Incrível como eram os mesmos. As teimosias já conhecidas e tão mútuas, faziam cócegas aos nativos de um mesmo sol. Podem até acreditar por charme, esse jeito tão natural em provocar o outro.

Os olhos dele por vezes pareciam a tomar nos braços e a atenção destas cortinas lhe despiam além das vestes, tentavam a leitura de cada gesto. Ela em sua timidez, corria das faíscas que a abrasariam inteira.

Uma pausa e o desejo maior de reencontro.

Ele lhe consentia os planos embora a conduzisse desde o primeiro instante.

Assim ela se preparou, um vestido para ser vista: nos detalhes entre a delicadeza da menina e as curvas da mulher, alguns segredos eram guardados - do frio e dos pequenos olhos de seu par...

A sintonia lhes roubavam as horas, trazia sorrisos e servia caranguejos.

No passeio, mãos ainda distantes. Ele escolhia o cenário, mas repentinamente se tornava menino, na timidez de uma distância. Ela ao seu lado, logo seria a Cinderela outra vez, após o primeiro pastel.

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Raiana Reis
Enviado por Raiana Reis em 18/02/2011
Código do texto: T2799761
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