Depois que foi
Não sei como pode doer tanto!
Se sei que de tanto o amor bom ser
Deveria, enfim, não fazer doer
De morte, portanto...
Ferido também sangrando.
Realmente precisava ir
Sentindo dor ao partir
Me deixou aqui chorando.
Porque simplesmente desejava não...
Não podia aceitar meu anjo!
Por isso, o grito desesperado pelo arcanjo
Implorando qualquer outra maldição.
Quanto busquei ficar te segurando
Logo, sonhando com o urgente ser feliz
Pulando, correndo afoita como perdiz,
Só queria não mais sofrer esperando!
Como o amor faz sentir
Saudades... Sem sair do lugar
Choro, amaldiçôo a vida, e sem delongar
Me arranco no desejo a ir te pedir.
Te encontro em minha saudade
Sorrindo, me esperando, morrendo de desejo
Para exigir disfarçadamente em festejo!
Me adorando como Dheidade.
Acordo desse lapso de felicidade!
Sei que aqui não está porque não pode
Preencher esse desejo óbvio, essa ode
Imaginativa, essa escarniciva praticidade.
É a vida que assim faz ser
Não tem piedade dos amantes
Nem solidária aos sóbrios declarantes,
Nem sensível aos que o outro perto deseja ter.
Sabe que choro muito pela dor!
Mas, não chore não, que me agonia...
Desejo para ti aquela necessária sabedoria
Que não tenho ao te esperar meu amor!