A ROSA VERMELHA...
A rosa vermelha irradiava toda
a sua beleza,
pois ainda se sentia como botão,
querendo abrir-se
entre todas as flores que buscavam
um lugar ao sol.
Mas hoje não havia sol...
tudo escurecera
no mundo colorido de todas as flores,
e então elas se sentiram carentes
daqueles raios dardejantes
que lhe davam vida e lhe traziam cores
com as quais,orgulhosas, todas se
exibiam cheia de ares....
A rosa vermelha..., mal estando a nascer
como lindo botão,
já percebia que sem sol nunca seria flor,
mas apenas um botão,
e achou que era injusto depender dele
já que ele só aparecia
quando as nuvens lhe deixavam passar.
Então achou que a culpa poderia ser
das nuvens
e nao do astro luminoso,
que quando surgia, logo tudo enchia
de brilho e de vida.
Nisso, eu que ia passando pelo jardim,
ouvi-a resmungando
e culpando as nuvens pela ausência do sol,
como se elas realmente
pudessem ser as causadoras.
Logo...fui lhe dizendo que as nuvens
não eram
culpadas porque já haviam
nascido no céu e seu destino era
nele caminhar
e ser as torneiras do céu
distribuindo água para todo o planeta
para que todos pudessem
continuar vivos...pois água é vida.
A rosa vermelha me olhou....um
tanto surpresa
pois jamais imaginara
que sem a água das nuvens nunca
viveria,
e , em seguida, lastimou-se por pensar
mal das nuvens do céu...
E eu segui meu caminho...como se
também fosse uma nuvem,
levando comigo as impressões de uma
rosa vermelha...ainda em botão.
Logo ela será uma flor completa...e entao
entenderá
que grandes verdades às vezes se escondem
nas nuvens...
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Autor: Cássio Seagull
Prosa poética que fiz em l5-02-11 às 02.30h -SP
Lua crescente - nublado e chuvas - 32 graus
Beijos e abraços para você...boa terça.
cseagull2@hotmail.com
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