“Il a toujours quelque choise de absent que me tourmente.”
Camille Claudel (1864-1943)
Não são as palavras
Nem são as lembranças
São as noites silenciosas
E os pensamentos errantes
Não são os desejos
Nem as perdidas emoções
São as madrugadas frias
Em suas horas mais arredias
Em que a alma fria nem mais sente
O corpo quente e as vontades vazias
No que nem a imaginação pressente
Nem é decerto a saudade
A razão maior dessa agonia
É somente a crueza da verdade
É mais plena perplexidade
De toda essa falta de sintonia
Não te sei, não te sinto
E nem te pressinto
Para te sentir eu minto
Invento um labirinto
O meio ou o começo do fim
Que mesmo assim eu consinto
Não te ouço e não te vejo
Nem de relance ao meu alcance
Nem antevejo não te ver
É covarde recolhimento
Pressa e pressentimento
Sem qualquer ressentimento
Sei que ainda vou morrer
Sei saber ao menos entender
Que não são as distâncias
Que me impedem de viver
É essa tua ausência
Que me impele essa vontade
De não mais viver
E a dor aumenta e atormenta
E o amor ainda aguenta
Mesmo sem saber...
Camille Claudel (1864-1943)
Não são as palavras
Nem são as lembranças
São as noites silenciosas
E os pensamentos errantes
Não são os desejos
Nem as perdidas emoções
São as madrugadas frias
Em suas horas mais arredias
Em que a alma fria nem mais sente
O corpo quente e as vontades vazias
No que nem a imaginação pressente
Nem é decerto a saudade
A razão maior dessa agonia
É somente a crueza da verdade
É mais plena perplexidade
De toda essa falta de sintonia
Não te sei, não te sinto
E nem te pressinto
Para te sentir eu minto
Invento um labirinto
O meio ou o começo do fim
Que mesmo assim eu consinto
Não te ouço e não te vejo
Nem de relance ao meu alcance
Nem antevejo não te ver
É covarde recolhimento
Pressa e pressentimento
Sem qualquer ressentimento
Sei que ainda vou morrer
Sei saber ao menos entender
Que não são as distâncias
Que me impedem de viver
É essa tua ausência
Que me impele essa vontade
De não mais viver
E a dor aumenta e atormenta
E o amor ainda aguenta
Mesmo sem saber...