São Petersburgo

Disseram-me um dia desses:

Moscou fica logo ali, filho!

Na segunda rua à direita,

Duas quadras após a esquina.

A senha certa é “São Basilio”.

Nem liguei, pois em meu peito

Já se derrama São Petersburgo,

Banhada pelas águas do Neva

Mas não a Leningrado de hoje,

Senão a de Fiódor Dostoiévski.

Esta sim me comove o espírito,

Seja na densidade das memórias

Ou na angústia do jovem Ródion;

Seja no humanismo do príncipe

Ou nas dores de Makar e Varvara.

Me encanta esta São Petersburgo

De tão densos personagens.

O Neva, as pontes, os parques,

A chuva, a neve, a miséria visível;

Cinzelando meu coração imaturo.

(Minha homenagem de adolescente à Fiódor Dostoiévski.)

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Luiz Vila Flor
Enviado por Luiz Vila Flor em 12/02/2011
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T2787724