Musa.

Hoje eu lembrei de ti... Não sei por que motivo

não ouvia nenhuma música especial,

que pudesse fazer relação com a tua voz e imagem.

Mas lembrei de ti com uma amargura abismal

acho que um demônho passou em minha volta

não posso conceber outro motivo

pelo qual pudesse lembrar de ti.

A paixão que um dia alimentei por tua alma

não por tua carne... o engano que foi pensar em ti

como musa e não como mulher.

São estas lembranças maléficas

para as quais não tenho explicação

que ainda me desperta o prazer pela criação

todavia não respeito o criador deste universo.

Aí a poesia volta, e eu escrevo como um lunático

passo por alto meu desgosto... mais uma vez sinto o gosto

dos teus lábios, e o cheiro inconfudível de tuas mãos.

Evan do Carmo 11/02/11