A RESPEITO DE UMA EPÍGRAFE

Coloquei três epígrafes no meu livro FLORES DO OUTONO. Uma delas é esta passagem do conto O OUTRO, de JORGE LUIS BORGES:

" De repente, lembrei de uma fantasia de Coleridge. Alguém sonha que atravessa o paraíso e lhe dão como prova uma flor. Ao despertar, ali está a flor."

Também eu atravessei o paraíso e encontrei ao acordar, a flor a meu lado, como prova. Só que, desde então, a vida nunca mais foi a mesma. Não se atravessa impunemente o paraíso, mesmo em sonho.O preço a se pagar por tal façanha é altíssimo e inegociável. É preciso pagá-lo até o último centavo e não sei quanto me resta ainda para resgatar, totalmente, desta Dívida a minha vida.

Na alta madrugada de 11 de fevereiro de 2011.