Espaços
Os espaços vão sendo preenchidos em linhas retas, em correntes e elos repetidos, móveis e movidos. Ora estreitos, ora tingidos com a cor que tem o café.
Alguns acumulados, outros apenas desnecessários. Neles, o ar. No ar, a luz tão clara, quanto o seu desmaiar.
Ali, nenhum espelho. Aqui, o princípio do amor. A origem do que já arrebentara sem obter reflexo. O nexo e o seu inverso.
Por uma fonte, por uma ponte, a paz movediça e eterna.
E eis que nasce, entre os escombros, em vão produzidos, no vão que fica nas entrelinhas, no espaçamento que faz a mente, quando afinal tudo se ocupa, o abrir. Depois o fechar, que é justo assim, como quando, se bate a porta dos fundos, sem querer tê-la batido.
Em: 10/02/2011