ENSAIO SOBRE AS ACÁCIAS I

Acácias caem e pintam o mundo de ouro.

Seus pés, de medo, nao tocam o chão.

Suas mãos, por azar, se rebelam

e revelam o que está por trás do teu bosque encantado.

Teus nervos tremem tua carne e reviram teus olhos.

Tamanha é tua ânsia.

As acácias são como cachos de uvas da cor do sol.

És como a noite medonha e medonho é teu sonho.

És impura como o sangue de prostitutas

dos cabarés onde tua honra repousou os olhos,

deitou a cabeca e desabrochou os desejos

como um ramo de acácias.

E durma, anjo deles, que o demonio já carregou

- mais uma vez - tua culpa e teu pecado.

Deixando um punhado de vergonha

que se esconde nos teus bosques,

costurando feridas ainda abertas.

E sonhe com a inocência

Que deixastes cair no chão e ser pisada pela terra.

Como e diferente das flores amarelas

Que tu não se atreves a pisar.

Luan Silva
Enviado por Luan Silva em 10/02/2011
Código do texto: T2782787
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