DÉCADAS DA VIDA
Aos dez anos se chega sem se sentir porque o tempo(ah! o tempo!) não habita o nosso mundo, o mundo para nós não passa de esfera não lá muito redonda que aprendemos a conhecê-lo nas nossas aulas de geografia.
Se soubéssemos que o mundo, não sendo lá muito redondo, dá muitas voltas, não haveríamos de conhecê-lo em sua essência.
Como se custa chegar aos vinte, parece uma estrada que não tem fim, e " o nosso mundo" já não é mais o das aulas de geografia; é o mundo dos sonhos, um mundo que se constrói dia a dia , onde a alegria costuma ter sua cadeira cativa.
Aos trinta, chegamos assustados, com a doce ilusão de que tudo sabemos e pouco nos resta a aprender.
Aos quarenta, sentimo-nos professores da vida com o desejo de transmitirr nossas experiências aos mais jovens.
Aos cinquenta, chegamos um pouco desiludidos e também realizados porque temos esperança de que lançamos filhos ao mundo par darem continuidade ao aprendizado que lhes propusemos aos trinta ou aos quarenta anos.
Sessenta não é bem vindo. Somos os sexagenários que
a modernidade hipocritamente cognominou a mais feliz idade. Nessa idade, não se fazem pedidos às estrelas cadentes, mas rogamos a Deus que nos dê vida para continuarmos acompanhando o desenvolvimento dos netos e tendo o carinho dos filhos.
Aos setenta ,já estamos ansiosos e com medo do tempo. Experimentamos um sentimento paradoxal: o desejo de se chegar a algum lugar sem se perder nenhum. É o tempo do medo, da expectativa, e nos tornamos até egoístas e "o nossso mundo" passa a girar em torno de nós mesmos.
Aos oitenta já estamos com a energia desgastada e achando que o tempo corre velozmente sem dar chance de completarmos nossos projetos. É o medo do fim; é o medo que se tem da despedida. Queremos resolver tudo rapidamente e ficamos atormentados por não se ter mais ilusões. Alguns amigos já não dividem conosco o prazer da vida e nós ficamos carentes de amizades, procurando passar para os jovens aquilo que eles ignoram e não querem saber...
É o tempo em que o entusiasmo se apaga, a luz decresce e a eternidade nos espera.
Aos dez anos se chega sem se sentir porque o tempo(ah! o tempo!) não habita o nosso mundo, o mundo para nós não passa de esfera não lá muito redonda que aprendemos a conhecê-lo nas nossas aulas de geografia.
Se soubéssemos que o mundo, não sendo lá muito redondo, dá muitas voltas, não haveríamos de conhecê-lo em sua essência.
Como se custa chegar aos vinte, parece uma estrada que não tem fim, e " o nosso mundo" já não é mais o das aulas de geografia; é o mundo dos sonhos, um mundo que se constrói dia a dia , onde a alegria costuma ter sua cadeira cativa.
Aos trinta, chegamos assustados, com a doce ilusão de que tudo sabemos e pouco nos resta a aprender.
Aos quarenta, sentimo-nos professores da vida com o desejo de transmitirr nossas experiências aos mais jovens.
Aos cinquenta, chegamos um pouco desiludidos e também realizados porque temos esperança de que lançamos filhos ao mundo par darem continuidade ao aprendizado que lhes propusemos aos trinta ou aos quarenta anos.
Sessenta não é bem vindo. Somos os sexagenários que
a modernidade hipocritamente cognominou a mais feliz idade. Nessa idade, não se fazem pedidos às estrelas cadentes, mas rogamos a Deus que nos dê vida para continuarmos acompanhando o desenvolvimento dos netos e tendo o carinho dos filhos.
Aos setenta ,já estamos ansiosos e com medo do tempo. Experimentamos um sentimento paradoxal: o desejo de se chegar a algum lugar sem se perder nenhum. É o tempo do medo, da expectativa, e nos tornamos até egoístas e "o nossso mundo" passa a girar em torno de nós mesmos.
Aos oitenta já estamos com a energia desgastada e achando que o tempo corre velozmente sem dar chance de completarmos nossos projetos. É o medo do fim; é o medo que se tem da despedida. Queremos resolver tudo rapidamente e ficamos atormentados por não se ter mais ilusões. Alguns amigos já não dividem conosco o prazer da vida e nós ficamos carentes de amizades, procurando passar para os jovens aquilo que eles ignoram e não querem saber...
É o tempo em que o entusiasmo se apaga, a luz decresce e a eternidade nos espera.