Peixe ferido, mas brigador

Tenho tantas coisas pra chorar, tantos enganos a demonstrar,

Mas a vida me acorda de supetão e meu peito se corta ferido por um arpão.

Peixe belo que eu fora,

Mas agora lodoso do tempo,

Machuco-me entre as pedras deste rio, pra poder um pouco me limpar,

Pois quem sabe de novo ser,

Aquele grande peixe reluzente.

É assim mesmo a vida da gente,

quem com ferro fere também sente,

sei o quanto dói a dor na gente e quanto

a dor dos outros é mais pungente.

Ah! Perdoe-me se eu estiver errada, mas sei em meias palavras

A falta que faz ser um ser e mais nada,

Por que ser só ser não basta,

Ao grande criador que me exalta.

Mas olhe que sempre existe,

Ainda que seja pequenina chance de desvencilhar do passado.

Mostrar que o passado é simples,

Mesmo que seja diferente,

E se deixar de vez ouvir o canto ao longe...

Bem pequenininho...

Sim o canto belo e prazeroso dos lindos passarinhos...

Denise Nalin
Enviado por Denise Nalin em 09/02/2011
Código do texto: T2782151
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