OLHAR PROIBIDO
A chuva andava sumida, distante,
A terra e as vidas em ardência clamavam.
O Criador bondoso mandou aplacar.
No céu um cortinado de gotas
Passageiras, já estão em outras paragens.
Para o alívio ou o castigar nem sabemos.
Nossos olhares andaram excursionando no alto.
Até escolhendo e nominando uma pérola.
Ação profana, audaciosa. Não é permitida.
Reage a proibida e celeste cobertura.
A estrela? Onde? Só vejo nebulosa.
Está proibida a bisbilhotice.
Cordato, baixamos nosso olhar.
Fechou para nossos olhos o seu mundo.
Um BASTA, a chave para decretar.
Aos olhos a lição.
Fiquem somente a vagar...
Divinópolis, 06-02-2011