sem palavras

Incrustado no meu castelo de ossos

Minhas palavras,

como morcegos com medo da luz

Sufocam.

E gravam suas garras no teto de minha boca

Minha língua

Está mal cheirosa

Das palavra escrementosas de solidão.

A luz da porta da caverna não me abandona.

Como um lobo

Que aguarda pacientemente a presa.

A lua

Vigia minhas palavras que

Despencam da caverna e se corroe

Nos ácidos gases

Que as desintegram como a neve ao sol

O lobo espreita,

A palavra

Treme

Ao imaginar suas garras

A dilacerar meu abandono.

Menelau
Enviado por Menelau em 07/02/2011
Código do texto: T2777322
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