Manhã

O orvalho pousado

No verde baço

Do capim novo

Molhava a bainha virada

Da calça de algodão,

Que repousava, amassada,

Sobre a bota rota.

A campina se estendia,

Sossegada, até os maricás

Floridos de branco,

Barreiras de espinhos,

Morada final sombrosa

De couros e vértebras

Das muçuranas azuis.

Entre duas corcovas

Que a montanha sugeria,

Cinzenta e distante,

Sobrevinha a primeira luz,

Que revelava a vida

Despertando esplêndida

Em movimentos, cores e sons.

Visite meu blog:

TERCEIRAS INTENÇÕES (http://blog-terceiras-intencoes.blogspot.com)

Luiz Vila Flor
Enviado por Luiz Vila Flor em 05/02/2011
Código do texto: T2773619