Fechei a porta do armário...
...e abri a porta da sala.
Não fico mais à janela.
Não olho mais o nada, vendo o vento e pensando p’ra onde irão as folhas do outono...
Fechei a porta do armário com todos os segredos que ela contém.
Desço as escadas e ganho a rua. Não fixo mais o asfalto negro. Vejo o horizonte azul.
Fechei a porta do armário e tranquei à chave. Não há mais folhas de outono, somente as flores da primavera e o brilho do sol. Encanto-me ainda com o prata da lua, mas deixo p’ra trás as sombras que dali vem.
Apaguei o último cigarro. Despejei na pia a última gota.
O volante não mais me atrai, nem tampouco as longas estradas. Quero a maresia e o vôo do pássaro veloz que me arrasta pr’outras paisagens.
Troco as vagas do vento pelas vagas do mar. Troco o asfalto negro pela areia branca e o canto da gaivota. Troco dor por alegria. Troco o café numa mesa de bar pela garrafa de água.
Troco a incerta poesia sem rima perfeita pela crônica mal feita.
Troco ontem por hoje.
Acabou-se a vontade de me encolher dentro do armário. Ele não mais me convida, não mais me atrai. O calor do sol que me queima a pele me dá alento e me faz sorrir.
Fechei a porta do armário... p’ra sempre!
...e abri a porta da sala.
Não fico mais à janela.
Não olho mais o nada, vendo o vento e pensando p’ra onde irão as folhas do outono...
Fechei a porta do armário com todos os segredos que ela contém.
Desço as escadas e ganho a rua. Não fixo mais o asfalto negro. Vejo o horizonte azul.
Fechei a porta do armário e tranquei à chave. Não há mais folhas de outono, somente as flores da primavera e o brilho do sol. Encanto-me ainda com o prata da lua, mas deixo p’ra trás as sombras que dali vem.
Apaguei o último cigarro. Despejei na pia a última gota.
O volante não mais me atrai, nem tampouco as longas estradas. Quero a maresia e o vôo do pássaro veloz que me arrasta pr’outras paisagens.
Troco as vagas do vento pelas vagas do mar. Troco o asfalto negro pela areia branca e o canto da gaivota. Troco dor por alegria. Troco o café numa mesa de bar pela garrafa de água.
Troco a incerta poesia sem rima perfeita pela crônica mal feita.
Troco ontem por hoje.
Acabou-se a vontade de me encolher dentro do armário. Ele não mais me convida, não mais me atrai. O calor do sol que me queima a pele me dá alento e me faz sorrir.
Fechei a porta do armário... p’ra sempre!